A solução Smart Milk Run pode viabilizar a negociação de uma taxa menor do risco na apólice do seguro da carga, além de facilitar a gestão das coletas e avaliação do risco no transporte
De acordo com a AT&M em 2018 foram registrados R$ 5,9 trilhões em movimentação de cargas, sendo que em 2017 o montante foi de R$ 4,2 trilhões, um aumento de 40% no período comparativo. Antes das entregas das mercadorias nos pontos de vendas e centros de distribuição em todo o Brasil, na maioria dos casos, a transportadora realiza a coleta das mercadorias em diversos locais diferentes, conforme necessidade dos embarcadores.
Uma mesma empresa chega a fazer até 10 coletas em locais diferentes, conforme necessidade da indústria ou empresa, depois coloca tudo no caminhão, todos os produtos com localidades distintas. Isso pode demorar vários dias dependendo da demanda, até preencher um caminhão inteiro e depois volta para a sede da transportadora. Até esse momento, para esse período da coleta, não há um registro ou documento fiscal dessa demanda para a seguradora, pois não existe o CT-e (Conhecimento Eletrônico) dessa carga nesse percurso. “Esse é o buraco negro do seguro de transporte, pois, a seguradora cobre os custos em caso de roubo, mas não sabe exatamente o valor da mercadoria”, relata Vagner Toledo, CEO da AT&M.
TECNOLOGIA INÉDITA - Vagner Toledo explica que o lançamento do aplicativo Smart Milk Run veio para solucionar esse problema, entre transportadoras, embarcadores e seguradoras para atender uma grande necessidade do mercado solicitada pelos seus clientes. “A tecnologia de forma pioneira foi criada em janeiro deste ano e agora resolvemos apresentar para o mercado, que pode trazer vários benefícios, em alguns casos até redução de custos”.
COMO FUNCIONA? Quando a transportadora envia o motorista para realizar a coleta das mercadorias em um determinado cliente, existe a nota fiscal da empresa proprietária dos produtos. Quando o motorista pegar essa nota, ele vai escanear o código de barras no aplicativo Smart Milk Run através de seu smartphone para realizar a averbação da carga. “Com isso, as seguradoras conseguem ter conhecimento de todas as coletas que são feitas em tempo real. Toda vez que um motorista chegar para retirar uma carga, transportadoras e seguradoras terão conhecimento sobre a atividade”, garante ele. Além disso, a solução facilitará em relação à obrigatoriedade dos transportadores de averbar todos os embarques antes do início do risco também nas apólices de RCF-DC (Responsabilidade Civil Facultativa do Transportador Rodoviário por Desaparecimento de Carga), conforme circular Susep Nº 586, de 19 de março de 2019, que entra em vigor após 45 dias da data de sua publicação.
O executivo relata que muitas transportadoras mostram necessidade para registrar os processos de coletas no seu dia a dia, pois, em alguns casos, as apólices do seguro têm uma taxa agravante, porque não era possível informar esse processo de coleta de forma precisa e transparente.
REDUÇÃO DE CUSTOS - A empresa transportadora que realizar esse processo pode conseguir negociar com maior precisão um valor com agravante menor de sua apólice para os processos de coleta, ou seja, a tendência é que pague menos. “Essa tecnologia veio para ajudar e trazer mais transparência para transportadoras, embarcadores, corretores de seguros e seguradoras para um processo que não era muito bem definido fazendo com que todos tenham uma avaliação mais precisa da taxa de risco da carga muito próxima da realidade, destaca Vagner.
VANTAGENS E BENEFÍCIOS – Vagner destaca que com a adesão dessa tecnologia, a gestão e o controle das coletas para as transportadoras poderão ser realizados em tempo real. O motorista ao escanear o código de barras das mercadorias coletadas no cliente, a equipe que fica dentro da transportadora poderá ter certeza da quantidade de mercadorias e seus valores, possibilitando até a avaliação do risco, em caso de mercadorias de alto valor. Após o escaneamento da nota fiscal da mercadoria, o profissional terá a quantidade e valor transportado naquele momento. “Nossa tecnologia pode ser acoplada nos sistemas de gestão de riscos das empresas para minimizar prejuízos. Para isso, na transportadora será implantado um sistema Dash Board para acompanhar em tempo real as coletas que estão sendo feitas.