Estima-se que esse tipo de infração tem causado a sonegação de cerca de R$ 12 bilhões em frete no Brasil
Equipes de fiscalização de transporte, em conjunto com as polícias Rodoviária, Militar e Civil, fizeram uma grande operação na BR-153, em Aparecida de Goiânia, nesta quarta-feira (18/10). Batizada de Cartas Marcadas, os agentes do governo federal e estadual fiscalizaram o uso da chamada carta-frete, que é um tipo de pagamento indireto feito por empresas de transporte a caminhoneiros autônomos, mas proibido no Brasil desde 2010.
O força-tarefa contou com o auxilio de servidores da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e da Receita Estadual. A lei que proíbe a carta-frete institui o pagamento via depósito bancário ou cartão-frete, em que o caminhoneiro recebe dinheiro vivo na conta-corrente e passa a viver na formalidade.
Apesar de proibida, a prática é muito comum no Brasil. Como o esquema é ilegal, impostos e tributos não são pagos ao governo federal, diminuindo a arrecadação e, consequentemente, as verbas destinadas à manutenção de estradas.
Segundo dados da Associação das Administradoras de Meios de Pagamento Eletrônico de Frete (Ampef), estima-se que esse tipo de infração tenha causado a sonegação de cerca de R$ 12 bilhões em frete no Brasil.