A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) inaugurou, nesta terça-feira (17), o Centro Nacional de Supervisão Operacional (CNSO). O Centro será um aliado na fiscalização de rodovias e vai receber imagens das câmeras instaladas nas estradas e ferrovias em todo o país.
O Centro é um ambiente físico e tecnológico que tem como objetivo armazenar, analisar e transformar um grande volume de dados em informações estratégicas. O levantamento será usado para fiscalizar, modernizar e agilizar o processo de auditoria; inovar os serviços de transportes terrestres; integrar as bases de dados em tempo real; e promover a gestão inteligente da informação e a interoperabilidade com entes externos.
“Isso aumenta o poder de fiscalização da agência reguladora sobre os concessionários. É a tecnologia de informação vindo ao encontro da regulação e ajudando a Agência nessa tarefa”, explicou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.
A intenção é, cada vez mais, aumentar o diálogo com outros agentes externos, como a Polícia Rodoviária Federal, o ministério da Justiça e Segurança Pública, o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e a Receita Federal.
“Essa ferramenta vai possibilitar infinitas operações e parcerias. A ANTT quer também maior aproximação das concessionárias para ter acesso a informações e monitoramento dos contratos”, afirmou a diretora da ANTT, Elizabeth Braga.
Um dos desafios do novo Centro é a modernização da malha rodoviária e ferroviária, além da fiscalização dos serviços de transporte terrestre, como monitoramento das rodovias, transporte de passageiros e transporte de cargas.
Segundo dados da ANTT, o Brasil tem hoje 19.696 km de rodovias concedidos à iniciativa privada. Nos próximos anos, mais dezesseis mil quilômetros devem ter a mesma destinação. No transporte ferroviário, são 30.576 quilômetros de ferrovias no país. Nos próximos anos 1,5 mil quilômetros de ferrovias devem ser destinados à administração de grupos privados.
Para o diretor-geral da Agência, Mario Rodrigues Junior, o Centro é um divisor de águas no Brasil. “É um marco. Não temos nada parecido no Brasil, nem ficamos devendo pra nenhum país do mundo”.