Anfir revê meta de crescimento para 20% em 2010

Publicado em
15 de Abril de 2010
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A ANFIR (Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários) acaba de rever a meta de desempenho do setor no exercício de 2010. A entidade, que inicialmente previa um desempenho de 8% a 10% melhor, já considera a possibilidade de fechar o ano com vendas da ordem de 138 mil unidades, resultado 20% maior do que o registrado em 2009.
 
"Se o mercado continuar respondendo positivamente como fez no primeiro trimestre deste ano pode ser que o setor venha á apresentar desempenho igual ou superior ao volume de negócios registrado em 2008, que foi o melhor ano da história", anuncia o presidente da ANFIR, Rafael Wolf Campos.
 
Segundo ele, todos os segmentos da economia brasileira estão em franca recuperação. "O mercado está bastante aquecido desde o início do ano, mas as empresas continuam tendo problema para receber os recursos da Finame, devido ao grande acumulo de processos nos agentes financeiro", reclama.
 
De acordo com o presidente da ANFIR, o setor apostou em uma recuperação breve para o mercado brasileiro. "Acreditamos desde o início em uma recuperação mais rápida para o Brasil em comparação aos outros países. Procuramos alternativas para reduzir os custos, para mantermos os investimentos previstos e, principalmente, nosso quadro de colaboradores quase não foi afetado no período de maior dificuldade", afirma Campos.
 
Resultado do 1º trimestre
 
O segmento de implementos rodoviários para o transporte de carga fechou o primeiro trimestre de 2010 com excelentes resultados quando considerado o mesmo período de 2009. As vendas para o mercado interno de reboques e semirreboques, por exemplo, registraram crescimento de 42,86%. O setor comercializou 11.830 unidades de janeiro a março deste ano, contra 8.281 equipamentos em igual período do ano passado.
 
As exportações do segmento de reboque e semirreboques até março, também foram muito expressivas. A indústria exportou nos três primeiros meses deste ano 957 unidades, resultado este que foi 53,61% superior aos 623 equipamentos exportados no mesmo período de 2009.

O mercado de carroçarias sobre chassi, também, não decepcionou os fabricantes da área. De janeiro a março de 2010, por exemplo, foram emplacadas 21.535 unidades, o que representou um crescimento de 51,65% quando comparadas as 14.200 unidades emplacadas nos primeiros três meses do ano passado.
 
No global, o setor comercializou no primeiro trimestre de 2010, nada mais nada menos que 33.365 implementos das linhas leves e pesadas (carroçarias sobre chassis, reboques e semirreboques), que representou um crescimento de 48,41% sobre 22.481 unidades vendidas de janeiro a março de 2009. 
 
 

EMPLACAMENTO DO SETOR
JANEIRO A MARÇO DE 2010
 
 
 
 
 
 
 
 
REBOQUES E SEMI-REBOQUES
FAMÍLIA
JAN/MAR. 2009
JAN/MAR. 2010
%
BASCULANTE
897
1.692
88,63
BASE
51
12
-76,47
PORTA CONTÊINER
277
506
82,67
BOBINEIRO
14
2
-85,71
GRANELEIRO / CARGA SECA
2.785
3.674
31,92
CANAVIEIRO
1.101
1.154
4,81
BAÚ CARGA GERAL
409
1.108
170,90
CARREGA TUDO
224
342
52,68
DOLLY
280
295
5,36
ESPECIAL
220
356
61,82
TRANSPORTE DE TORAS
77
224
190,91
BAÚ FRIGORÍFICO
201
377
87,56
BAÚ LONADO
202
672
232,67
SILO
144
197
36,81
TANQUE CARBONO
1.321
941
-28,77
TANQUE INOX
59
266
350,85
TANQUE ALUMINIO
19
12
-36,84
TOTAL
8.281
11.830
42,86
 
 
 
 
 
 
 
 
CARROCERIAS SOBRE CHASSIS
FAMÍLIA
JAN/MAR. 2009
JAN/MAR. 2010
%
GRANELEIRO / CARGA SECA
5.084
7.018
38,04
BAÚS ALUMÍNIO / FRIGOR.
4.336
8.124
87,36
BAÚ LONADO
90
157
74,44
BASCULANTE
2.158
3.163
46,57
TANQUE
297
527
77,44
OUTRAS / DIVERSAS
2.235
2.546
13,91
TOTAL
14.200
21.535
51,65
 
 
 
 
 
 
 
 
TOTAL GERAL MERCADO INTERNO
IMPLEMENTOS
JAN/MAR. 2009
JAN/MAR. 2010
%
TOTAL  
22.481
33.365
48,41
 
 
 
 
 
 
 
 
MERCADO EXTERNO
EXPORTAÇÕES * (AC. ATÉ MARÇO)
TOTAL EXPORTAÇÕES
623
957
53,61
 
 
 
 
Fonte: Anfir - Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários
 
 
 
 
Obs.: Poderão acontecer alterações nas famílias, sem prévio aviso.

 

Carta de Conjuntura faz balanço da economia e aponta cenários (IPEA)

 

Publicação aborda variáveis como atividade econômica, emprego, inflação e finanças públicas. Ipea divulga também previsão para 2010 com crescimento superior a 5,5%

 

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulga nesta quinta-feira, 15, a Carta de Conjuntura referente ao mês de março. A publicação trimestral do Instituto apresenta, como primeiro tópico de análise, o nível de atividade da economia. Pelo lado da demanda, observou-se um crescimento do consumo das famílias pelo 24º trimestre consecutivo no Brasil. Em relação ao desempenho do emprego, o cenário também é otimista. Em janeiro e fevereiro de 2010, os saldos de emprego formal atingiram os maiores níveis da série histórica para esses meses.

 

A Carta de Conjuntura revela, ainda, que o ponto central para a definição dos rumos da inflação em 2010 será o comportamento das commodities. "Dessa forma, na ausência de choques nos preços das commodities, a tendência é de desaceleração nos IPCs ao longo do ano", afirma o estudo.

 

A avaliação da trajetória dos saldos comerciais brasileiros aponta que a tendência recente de queda é fruto, principalmente, do "dinamismo relativamente baixo das vendas externas de produtos manufaturados aliado à crescente penetração, nos mercados domésticos, das compras externas de bens duráveis e de insumos industriais". A publicação traz, também, análises sobre economia monetária e financeira (política monetária e taxa de juros, mercado de capitais, mercado de crédito) e finanças públicas.

 

Além da Carta de Conjuntura, a Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac) do Ipea apresentou nesta quinta-feira as Previsões Macroeconômicas para 2010 e a Avaliação das Previsões Macroeconômicas de 2009. Esta última revela os números definitivos da economia brasileira em 2009 e os compara com as previsões produzidas pelo Ipea ao longo do ano passado. O texto traz estimativas de desempenho da economia brasileira referentes a três variáveis: crescimento econômico (variação real do PIB); inflação (variação real do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, IPCA); e saldo em transações correntes.

 

O Grupo de Análise e Previsões do Ipea aponta uma expectativa de crescimento do PIB, em 2010, da ordem de 5,5% a 6,5%. "Da expansão média prevista para este ano, quase a metade já estaria garantida, mesmo com o PIB ficando estagnado no nível dessazonalizado do quarto trimestre de 2009", acrescenta a nota. Em relação ao saldo em transações correntes, a estimativa é de forte redução no comparativo com 2009, e o IPCA deve ficar na faixa de 4% a 5%.

 

 

Leia a Carta de Conjuntura de março de 2010

 

Leia a nota Avaliação das Previsões Macroeconômicas de 2009

 

Confira a íntegra da nota Previsões Macroeconômicas para 2010

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