A ANFIR (Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários) acaba de rever a meta de desempenho do setor no exercício de 2010. A entidade, que inicialmente previa um desempenho de 8% a 10% melhor, já considera a possibilidade de fechar o ano com vendas da ordem de 138 mil unidades, resultado 20% maior do que o registrado em 2009.
"Se o mercado continuar respondendo positivamente como fez no primeiro trimestre deste ano pode ser que o setor venha á apresentar desempenho igual ou superior ao volume de negócios registrado em 2008, que foi o melhor ano da história", anuncia o presidente da ANFIR, Rafael Wolf Campos.
Segundo ele, todos os segmentos da economia brasileira estão em franca recuperação. "O mercado está bastante aquecido desde o início do ano, mas as empresas continuam tendo problema para receber os recursos da Finame, devido ao grande acumulo de processos nos agentes financeiro", reclama.
De acordo com o presidente da ANFIR, o setor apostou em uma recuperação breve para o mercado brasileiro. "Acreditamos desde o início em uma recuperação mais rápida para o Brasil em comparação aos outros países. Procuramos alternativas para reduzir os custos, para mantermos os investimentos previstos e, principalmente, nosso quadro de colaboradores quase não foi afetado no período de maior dificuldade", afirma Campos.
Resultado do 1º trimestre
O segmento de implementos rodoviários para o transporte de carga fechou o primeiro trimestre de 2010 com excelentes resultados quando considerado o mesmo período de 2009. As vendas para o mercado interno de reboques e semirreboques, por exemplo, registraram crescimento de 42,86%. O setor comercializou 11.830 unidades de janeiro a março deste ano, contra 8.281 equipamentos em igual período do ano passado.
As exportações do segmento de reboque e semirreboques até março, também foram muito expressivas. A indústria exportou nos três primeiros meses deste ano 957 unidades, resultado este que foi 53,61% superior aos 623 equipamentos exportados no mesmo período de 2009.
O mercado de carroçarias sobre chassi, também, não decepcionou os fabricantes da área. De janeiro a março de 2010, por exemplo, foram emplacadas 21.535 unidades, o que representou um crescimento de 51,65% quando comparadas as 14.200 unidades emplacadas nos primeiros três meses do ano passado.
No global, o setor comercializou no primeiro trimestre de 2010, nada mais nada menos que 33.365 implementos das linhas leves e pesadas (carroçarias sobre chassis, reboques e semirreboques), que representou um crescimento de 48,41% sobre 22.481 unidades vendidas de janeiro a março de 2009.
EMPLACAMENTO DO SETOR | |||
JANEIRO A MARÇO DE 2010 | |||
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REBOQUES E SEMI-REBOQUES | |||
FAMÍLIA |
JAN/MAR. 2009 |
JAN/MAR. 2010 |
% |
BASCULANTE |
897 |
1.692 |
88,63 |
BASE |
51 |
12 |
-76,47 |
PORTA CONTÊINER |
277 |
506 |
82,67 |
BOBINEIRO |
14 |
2 |
-85,71 |
GRANELEIRO / CARGA SECA |
2.785 |
3.674 |
31,92 |
CANAVIEIRO |
1.101 |
1.154 |
4,81 |
BAÚ CARGA GERAL |
409 |
1.108 |
170,90 |
CARREGA TUDO |
224 |
342 |
52,68 |
DOLLY |
280 |
295 |
5,36 |
ESPECIAL |
220 |
356 |
61,82 |
TRANSPORTE DE TORAS |
77 |
224 |
190,91 |
BAÚ FRIGORÍFICO |
201 |
377 |
87,56 |
BAÚ LONADO |
202 |
672 |
232,67 |
SILO |
144 |
197 |
36,81 |
TANQUE CARBONO |
1.321 |
941 |
-28,77 |
TANQUE INOX |
59 |
266 |
350,85 |
TANQUE ALUMINIO |
19 |
12 |
-36,84 |
TOTAL |
8.281 |
11.830 |
42,86 |
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CARROCERIAS SOBRE CHASSIS | |||
FAMÍLIA |
JAN/MAR. 2009 |
JAN/MAR. 2010 |
% |
GRANELEIRO / CARGA SECA |
5.084 |
7.018 |
38,04 |
BAÚS ALUMÍNIO / FRIGOR. |
4.336 |
8.124 |
87,36 |
BAÚ LONADO |
90 |
157 |
74,44 |
BASCULANTE |
2.158 |
3.163 |
46,57 |
TANQUE |
297 |
527 |
77,44 |
OUTRAS / DIVERSAS |
2.235 |
2.546 |
13,91 |
TOTAL |
14.200 |
21.535 |
51,65 |
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TOTAL GERAL MERCADO INTERNO | |||
IMPLEMENTOS |
JAN/MAR. 2009 |
JAN/MAR. 2010 |
% |
TOTAL |
22.481 |
33.365 |
48,41 |
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MERCADO EXTERNO | |||
EXPORTAÇÕES * (AC. ATÉ MARÇO) | |||
TOTAL EXPORTAÇÕES |
623 |
957 |
53,61 |
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Fonte: Anfir - Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários | |||
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Obs.: Poderão acontecer alterações nas famílias, sem prévio aviso. |
Carta de Conjuntura faz balanço da economia e aponta cenários (IPEA)
Publicação aborda variáveis como atividade econômica, emprego, inflação e finanças públicas. Ipea divulga também previsão para 2010 com crescimento superior a 5,5%
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulga nesta quinta-feira,
A Carta de Conjuntura revela, ainda, que o ponto central para a definição dos rumos da inflação em 2010 será o comportamento das commodities. "Dessa forma, na ausência de choques nos preços das commodities, a tendência é de desaceleração nos IPCs ao longo do ano", afirma o estudo.
A avaliação da trajetória dos saldos comerciais brasileiros aponta que a tendência recente de queda é fruto, principalmente, do "dinamismo relativamente baixo das vendas externas de produtos manufaturados aliado à crescente penetração, nos mercados domésticos, das compras externas de bens duráveis e de insumos industriais". A publicação traz, também, análises sobre economia monetária e financeira (política monetária e taxa de juros, mercado de capitais, mercado de crédito) e finanças públicas.
Além da Carta de Conjuntura, a Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac) do Ipea apresentou nesta quinta-feira as Previsões Macroeconômicas para 2010 e a Avaliação das Previsões Macroeconômicas de 2009. Esta última revela os números definitivos da economia brasileira em 2009 e os compara com as previsões produzidas pelo Ipea ao longo do ano passado. O texto traz estimativas de desempenho da economia brasileira referentes a três variáveis: crescimento econômico (variação real do PIB); inflação (variação real do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, IPCA); e saldo em transações correntes.
O Grupo de Análise e Previsões do Ipea aponta uma expectativa de crescimento do PIB, em 2010, da ordem de 5,5% a 6,5%. "Da expansão média prevista para este ano, quase a metade já estaria garantida, mesmo com o PIB ficando estagnado no nível dessazonalizado do quarto trimestre de
Leia a Carta de Conjuntura de março de 2010
Leia a nota Avaliação das Previsões Macroeconômicas de 2009
Confira a íntegra da nota Previsões Macroeconômicas para 2010