Anfavea reduz expectativa de crescimento do mercado em 2011

Publicado em
08 de Dezembro de 2011
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A Anfavea, associação dos fabricantes de veículos, diminuiu a expectativa de expansão para o mercado interno este ano. A entidade projeta evolução de 3,3% nas vendas, com 3,63 milhões de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. A previsão anterior era de comercializar 3,69 milhões de unidades e garantir avanço de 5% sobre o resultado de 2010.

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Cledorvino Belini, presidente da organização, aponta que a redução é consequência das medidas macroprudenciais adotadas pelo governo desde o fim do ano passado, que seguraram o ritmo de crescimento dos emplacamentos. Apesar disso, o dirigente afirma que as vendas já aceleraram em novembro após o anúncio de ações para estimular o consumo, com redução dos juros e do custo do crédito. “Mesmo com a revisão, os volumes deste ano são vigorosos”, avalia. O executivo lembra que um grande mercado é o maior atrativo para investimentos, que já chegam a US$ 22 bilhões até 2015 só das empresas associadas à entidade.

Resultados do ano

Com as novas medidas anunciadas pelo governo, os emplacamentos deram um salto de 14,6% entre outubro e novembro, para 321,5 mil unidades. Comparado ao mesmo mês do ano passado, no entanto, o volume ficou 2,1% menor. Entre janeiro e novembro houve crescimento 4,8% sobre os mesmos meses de 2010, com 3,28 milhões de unidades.

A média diária de vendas subiu 14,6% em novembro e passou de 16 mil unidades. Com volumes maiores comercializados diariamente, o nível de estoques caiu de 40 dias em outubro para 35 dias no mês passado, para 373,5 mil veículos entre indústria e concessionárias.

A nova projeção da Anfavea pressupõe que serão comercializadas em torno de 340 mil unidades em dezembro. O volume é cerca de 10% inferior ao anotado em dezembro de 2010, quando os emplacamentos chegaram a 381,4 mil veículos.

Avanço dos importados

No ano passado, os veículos importados responderam por 18,8% do mercado. Entre janeiro e novembro deste ano estes modelos garantiram participação de 23,3% no mercado nacional, o que representa um ganho de 4,5 pontos porcentuais no market share. Todo o crescimento do mercado interno em 2011 foi abocanhado por veículos produzidos em outros países.

Enquanto as vendas de nacionais caíram 1,4% entre janeiro e novembro na comparação com o mesmo intervalo do ano passado, os licenciamentos de importados cresceram 32,3%, com 763,7 mil unidades. Desse total, o maior avanço foi na importação de automóveis, que teve alta de 37,5%. Já a compra de comerciais leves fabricados no exterior cresceu 22,3%.

Esse movimento refletiu ainda na participação dos carros com motor flexível no mercado. Como a maioria das importações não é de veículos flex, a participação dos carros bicombustíveis nas vendas caiu de 86,4% em 2010 para 83,3% este ano.

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