A tabela de frete conquistada pelos caminhoneiros, logo após a paralisação no mês de maio deste ano, reduziu a perspectiva de crescimento na produção de leite no Brasil em 2018, de 3,3% foi para 1,5% a 2%, de acordo com a Associação Brasileira de Laticínios (Vivos Lácteos). Em 2017, os dados mostram que a captação do leite teve um total estimado em 33 bilhões de litros.
Segundo diretor executivo da associação, a paralisação causou prejuízos de R$ 1 bilhão, desde a falta de produtos para higienização dos maquinários como também a perda de leite que, infelizmente, não pode ser entregue aos laticínios. Só o estado do Rio Grande do Sul deixou de entregar 56 milhões de litros devido à estagnação.
De acordo com o diretor, as empresas estão trabalhando com uma quantia mais reduzida e sem nenhum incentivo para qualquer investimento. Ele afirma que a indústria ficou desprovida de estoque, deixando o varejo com um volume de oferta mais reduzido. O que motivou isso foi a alta dos custos do leite pagos aos produtores, que, por sua vez, repassaram ao consumidor nas gôndolas dos supermercados.
Segundo a associação, o frete aumentou três vezes, o que fica mais caro para o transporte de leite por trecho. Isso acontece por ser uma carga dedicada e que não permite o frete de retorno por inquisições sanitárias. O embate do tabelamento poderá alcançar 6% no preço final do produto ao consumidor.