Agrocenário: 5 coisas que você precisa saber para começar 2019

Publicado em
21 de Dezembro de 2018
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A pouco mais de duas semanas para o início do novo ano, é notável o desejo de muita gente de que 2019 seja de retomada econômica. Boas expectativas quanto à inflação, equipe econômica com perfil técnico, ministérios da agricultura e meio-ambiente afinados e sob o comando de profissionais com vivência nas respectivas áreas, projeções de safra recorde apontada por órgãos oficiais.

Apesar dos problemas das contas públicas, dos desafios do tabelamento de frete, dos alertas para riscos de mais tributação caso não forem tratadas as despesas do governo, da encrenca que pode vir de fora com desaceleração da economia global e início de recessão nos EUA, apesar dos pesares há uma atmosfera de confiança entre os brasileiros que promete fazer a diferença e estimular melhores resultados no novo ano.

E o que vem por aí em 2019? Os agrocenários projetados para os próximos 12 meses incluem oportunidades e desafios, como era de se esperar. O blog listou 5 tópicos nas áreas de economia, agronegócios, clima e mercados para projetar os acontecimentos que têm mais chances de impacto nos negócios em 2019. Confira:

1 – Peste Suína Africana, o maior assunto agrícola do mundo

O surto de Peste Suína Africana em alguns países, como a China, deve impactar o mercado de carnes e grãos aqui no Brasil. Se de um lado as importações do grão pelo país asiático podem diminuir, de outro a demanda por carnes tende a aumentar.

“Um problema grande que precisa ser acompanhada por nós brasileiros com toda atenção. A  China tem metade do estoque mundial de suínos que, longe das outras, é a carne mais produzida e consumida no mundo. A gente já começa a ver que o comércio de carnes está aquecido. Vai bater no suíno, no bovino e no frango em potencial de exportação. Acho que é um momento de recuperação e talvez de mudança no padrão de demanda de soja eventualmente pressionando consumo aqui no Brasil se esse ciclo seguir verdadeiro “, afirma.  

2 – Risco de recessão na economia norte-americana

Os Estados Unidos estão no fim do mais longo ciclo de expansão desde o fim do pós-guerra e isso significa que a próxima recessão não está distante. Essa é a conclusão do economista Ricardo Amorim.

“Na melhor das hipóteses a gente está falando que isso vai acontecer no primeiro semestre de 2020, pode acontecer antes. A gente precisa colocar a casa brasileira em ordem antes disso acontecer, o senso de urgência das reformas é brutal”.

3 – Safra Verão com atuação do fenômeno de El Niño

O Instituto de Meteorologia da Universidade de Columbia divulgou levantamento na última semana em que aponta chance de 95% da ocorrência do El Niño durante a safra de verão aqui no Brasil.

“Independente de estar oficializado o El Niño, já vamos perceber o impacto do fenômeno. Será um El Niño clássico e o impacto dele será diferente. No Sul, terá chuva irregular e muito calor. No Norte, haverá uma diferença favorável que vai impedir que o período seco seja muito prolongado”, afirma o meteorologista Marcelo Schneider, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

4 – Tabelamento do frete

Depois do ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux  voltar atrás na própria decisão que suspendia a cobrança de multas para as transportadoras que descumprissem a tabela do frete, a decisão final sobre o destino da tabela de fretes ficou para 2019. O plenário do STF vai decidir se a cobrança de multas é ou não constitucional.

5 – Dólar

A moeda norte-americana acumulou alta superior a 15% em 2018. Na visão de economistas consultados pelo Banco Central na pesquisa Focus o dólar deve encerrar o ano valendo R$ 3,83 , cinco centavos a mais do que era estimado na semana anterior quando previa-se R$ 3,78. Para 2019, a projeção do câmbio no fim do ano seguiu em R$ 3,80 ante R$ 3,76 de quatro pesquisas atrás.

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