No dia 27 de abril, iniciamos uma semana de lives com temas muito pertinentes para o setor de transporte rodoviário de cargas. O primeiro destes temas foi: Ações Comitê de Crise, que foi apresentada pelos nossos clientes e parceiros Luiz Gustavo, da Rodonery, e o Henrique, da Diavanti, além é claro do nosso anfitrião, Fabricio Beltrame, Diretor de Produtos da Bsoft.
Para aqueles que enfrentam um cenário de recessão econômica, e precisam lidar com a pandemia mundial reduzindo a exposição de seus colaboradores e clientes, além de si mesmo, surge a necessidade da criação de um comitê de crise, para gerenciar os riscos e encontrar as alternativas mais viáveis e menos perigosas para continuar as rotinas da empresa.
Nesse sentido, nossos convidados deram dicas importantíssimas sobre como criar o comitê de crise, e também quem deve fazer parte dele. Você pode assistir a nossa transmissão clicando no vídeo abaixo.
Algumas dúvidas foram respondidas durante a própria live, e conforme prometemos, aquelas que não puderam ser respondidas no dia estão disponíveis aqui, neste post. Continue com a leitura para esclarecer as principais dúvidas sobre Comitê de Crise.
Qual é o número ideal de pessoas para compor o comitê de crise?
Não há uma regra que determine o número correto de pessoas para compor o comitê de crise, que pode variar de acordo com o tamanho do seu negócio. O ideal é que o comitê seja composto por mais de uma pessoa, para que seja possível analisar problemas e soluções através de diferentes pontos de vista.
Com o isolamento social, aumentou o fluxo de transportes devido a maior parte das vendas estarem sendo feitas via Internet?
É possível afirmar o aumento significativo na venda de determinados produtos, como bens de consumo, enquanto outros, os considerados produtos não essenciais, não tiveram o mesmo aumento.
Entretanto, o e-commerce é atendido por uma pequena parcela das transportadoras. A maior parte das empresas de transporte presta serviço para indústrias e comércio em geral, e por isso tiveram queda em suas operações.
Estão tomando o cuidado do “não contato” na hora da entrega? Novos procedimentos na hora de obter o comprovante de Entrega? ?Aqui não estamos pegando mais assinatura, o próprio motorista anota o nome e documento do recebedor.
Para a grande parte das empresas de transporte, o canhoto assinado ainda não é totalmente substituível. A maioria dos clientes ficam com uma via do documento, mas a assinatura é uma comprovação jurídica essencial.
Uma opção é o cliente assinar a sua via e enviar uma foto da assinatura ou o documento digitalizado, para que seja armazenado e utilizado como prova de que a mercadoria foi recebido pelo destinatário.
Apenas a assinatura do motorista não é o válida para comprovar a entrega legalmente. É necessário também um adendo no contrato, deixando claro que apenas a assinatura do motorista será suficiente para comprovar a entrega.
Nesse quesito de baixar o valor do frete, os valores abaixo da tabela não estão sendo fiscalizados? Seguindo as leis fiscais, não é correto realizar este tipo de atividade. Sendo assim, como realizar esse tipo de redução do frete?
A Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas determina o valor mínimo do frete, com base no tipo da carga transportada. Este valor deve ser respeitado, mesmo nesta fase de recessão, e continua sendo fiscalizado.
É importante que esteja atento para não praticar valores abaixo da tabela e acabar infringindo a Política Nacional de Pisos Mínimos, estabelecida por lei.
Com o HomeOffice de hoje, vocês creem que isto acabará sendo uma ferramenta mais utilizada num futuro sem vírus? Isso elevaria o nível do Brasil no que diz respeito ao trabalho flexível?
Sim, acreditamos que vamos entrar em uma nova era, pois o distanciamento social está forçando a adaptação às novas ferramentas de trabalho.
Muitas empresas começarão a adotar o home office, principalmente em departamentos que não precisam estar todos os dias dentro da empresa. Por exemplo, o marketing e a contabilidade são setores que podem trabalhar em casa e visitar a empresa apenas em determinados dias da semana.
Com o uso da tecnologia há também uma redução de custos e otimização do tempo. As reuniões, por exemplo, já passaram a ser realizadas através de videoconferência, mantendo o mesmo benefício das atividades presenciais, com redução de custos e tempo de deslocamento.
As empresas que conseguirem se adaptar a estas tecnologias em home office terão um diferencial competitivo para os negócios.
Temos uma perspectiva de melhora no setor?
Essa é uma questão muito incerta para todos os setores da economia, e há divergência inclusive entre opiniões de especialistas. A esperança é que tenhamos uma retomada rápida na economia, mas não há como afirmar que isso vai acontecer. Por enquanto é necessário analisar resultados a cada dia e tomar as melhores decisões para a sua empresa e, por isso, é importante o comitê de crises, para debater as melhores soluções para o seu negócio.
É importante acreditar na capacidade de se reinventar e se recuperar. Esta recessão não será duradoura, e o logo o mercado começará a produzir tudo o que não foi produzido neste período. Diante disso, esperamos uma retomada rápida a partir do próximo ano.