Minas Gerais conseguiu reduzir o número de acidentes envolvendo caminhões, mas ainda ocupa o topo do ranking nacional de vítimas decorrentes desse tipo de desastre. Os números foram divulgados na quinta-feira pelo Instituto Cuidando do Futuro (ICF), que atua em conjunto com a Federação de Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais (Fetcemg), entidades e empresas do setor no Pacto Rodoviário Mineiro. A apresentação ocorreu no Expominas, no Bairro Gameleira, Região Oeste da capital, tendo como pano de fundo o 14º Encontro Mineiro dos Transportadores Rodoviários de Carga.
A pesquisa trabalha com números relativos e a queda acentuada é registrada na comparação nacional. A redução de 22% em Minas foi a maior no plano nacional no primeiro trimestre. No terceiro, o índice está em 19%, o que fez São Paulo assumir o primeiro lugar, com 21%. A taxa permanecer estável pode significar redução, caso de Minas, pois o dado é apurado a partir da proporção entre número de viagens e acidentes, sendo que o estado é epicentro do transporte de carga do país, explica o coordenador do programa do IFC, Thiago Albuquerque.
Se por um lado o número de acidentes cai, o de vítimas cresce. No terceiro trimestre, Minas tinha 30% dos feridos e mortos, à frente de São Paulo, com 17%. No trimestre anterior, o índice do estado era de 22%. O aumento foi de 36%. São Paulo tem mais acidentes e menos vítimas devido principalmente à duplicação de suas rodovias. Estradas de pistas simples, comuns em Minas, favorecem as colisões frontais, as mais graves, explica o presidente da Fetcemg, Vander Francisco Costa.
O banco de dados do trabalho provém dos registros da maior seguradora do país no setor. Na última edição da pesquisa, a amostra foi de mais de 900 mil viagens de caminhões pertencentes a cerca de mil empresas do setor.