Acidente no Itaquerão: peritos analisam "caixa-preta" de guindaste

Publicado em
03 de Dezembro de 2013
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Equipamento registra o funcionamento do aparelho

 

DO R7

Peritos do Instituto de Criminalística e representantes da alemã Liebherr, fabricante do guindaste que provocou o acidente que matou dois operários nas obras da Arena Corinthians, analisam os dados do equipamento. Segundo o delegado que investiga o caso, Luiz Antônio da Cruz, o aparelho é uma espécie de “caixa-preta” e registra o funcionamento da máquina.

De acordo o delegado, o operador do guindaste, José Walter Joaquim, deverá comparecer à delegacia nos próximos dias. Ele é contratado pela empresa Locar, responsável por alugar a máquina à Odebrecht, empreiteira que toca as obras do novo estádio.

— Todas as pessoas que nós estamos chamando, estão sendo intimadas por meio das empresas em que trabalham. Ele [operador] não mora aqui na cidade de São Paulo, mas já foi intimado. Ele não tem nenhum mandado de prisão e nem é considerado foragido, é apenas uma testemunha que nós temos que ouvir.


Até agora, cinco testemunhas já foram ouvidas pela polícia, sendo que três eram funcionários da obra e outros dois policiais militares que chegaram ao local logo após o acidente. Cruz também disse que pediu às empresas envolvidas diversos documentos. Segundo ele, o engenheiro responsável pela colocação da peça que fez o guindaste cair alegou, em depoimento, que tudo estava “funcionando normalmente”.

Ninguém da assessoria de imprensa da Locar foi localizado até a publicação desta matéria para confirmar se o operador do guindaste já foi comunicado sobre a intimação. O laudo da perícia do acidente deverá ficar pronto em, no mínimo, 30 dias.

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