ABOL completa dois anos

Publicado em
17 de Julho de 2014
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Fundada em 17 de julho de 2012, a ABOL - Associação Brasileira de Operadores Logísticos completa neste mês dois anos de fundação.

Não havia uma associação que representasse a classe empresarial dos operadores logísticos e sim associações que representavam, com legitimidade, os setores da logística. “Sentia-se a necessidade de desenvolver um trabalho mais objetivo e específico voltado à estruturação do setor. Assim, um grupo de empresários reuniu-se em 2012 e fundou a ABOL”, explica o presidente do Conselho Deliberativo da entidade, Paulo Sarti.

Na visão dos fundadores, para que houvesse um trabalho célere, objetivo e focado, a diretoria executiva deveria ser ocupada por um profissional de mercado com vasta experiência no comando de operações logísticas, conhecimento de relações governamentais, institucionais e visão acadêmica, para que pudesse dar encaminhamento aos projetos de auto-regulação e regulamentação do setor.

Em outubro de 2012, o administrador Carlos Cesar Meireles Vieira Filho, com experiência de mais de 28 anos tanto na indústria petroquímica e metalúrgica quanto em tradicionais operadores logísticos como Columbia, Integral, Santos Brasil, Grupo TPC e Katoen Natie, além de passagem pelo Governo da Bahia, assumiu a Diretoria Executiva da ABOL.

Em pouco tempo o planejamento estratégico plurianual da ABOL estava aprovado pelo Conselho Deliberativo, contando como prioridade a elaboração de estudo que viesse a estruturar o setor levando-o à sua regulamentação.

“Optamos por uma associação enxuta com presença viva dos associados, buscando benchmarks em associações e países que realizaram trabalhos com os mesmos propósitos estabelecidos na fundação da ABOL”, observa Cesar Meireles.

Segundo o diretor executivo da ABOL, o trabalho foi intenso desde o primeiro dia do seu ingresso na associação. “Levantamos o panorama e a estrutura do setor. Aproximamo-nos do setor público para iniciarmos uma agenda positiva e transparente. No âmbito do plano estratégico, editamos um termo de referência que compôs um bid convidando o que há de excelência no país para pensar junto conosco a edição de um estudo cabal, contundente, que nos leve à auto-regulação e regulamentação de um dos mais importantes setores econômicos do país.”

“O modelo adotado foi a escolha pela composição de um consórcio que reunisse expertise acadêmica, de consultoria internacional e jurídica para que fosse elaborado um trabalho com leitura ampla do setor do ponto de vista de mercado, operacional, regulatório, tributário, fiscal, trabalhista, previdenciário e sindical”, complementa o diretor executivo.

Como os operadores logísticos não dispõem de uma Classificação Nacional de Atividade Econômica (CNAE), o esforço desse estudo será imenso, haja vista a necessidade de se iniciar pela contextualização do setor, traduzindo sua efetiva taxonomia, identificando claramente quem e quantos são os operadores logísticos brasileiros, em quais setores atuam, quais serviços prestam, onde estão, quanto representa a receita bruta do setor, quantos empregos diretos geram e o quanto arrecadam.

O estudo que ora se inicia, buscará identificar benchmarks internacionais como países referenciais, a exemplo da Alemanha, Holanda, Finlândia, Bélgica, Portugal, Espanha, França, Itália, Estados Unidos e Canadá, além de nos aproximar dos países da América Latina que, de algum modo, já iniciaram este trabalho, como é o caso da Argentina. Para o diretor executivo da ABOL, “a preocupação dos associados é em não reinventar a roda, não perder tempo nem desperdiçar recursos; logo, beber nas fontes já experimentadas é o melhor caminho.”

Para o êxito deste trabalho, o entendimento do arcabouço legal onde está inserido o operador logístico brasileiro é essencial. “O olhar pleno e preciso do conjunto das leis que tragam à luz questões regulatórias, tributárias, fiscais, trabalhistas, previdenciárias e sindicais, é fundamental para que haja a correta composição do texto que possa editar um Projeto de Lei que regulamente o setor”, afirma o sócio do Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr e Quiroga Advogados, Bruno Werneck, membro do consórcio vencedor.

A etapa seguinte será a edição da norma de pré-qualificação dos operadores logísticos e o código brasileiro de boas práticas empresariais em logística culminando com a certificação ABOL para o setor. “Estas etapas do projeto são fundamentais para que se veja não só estabelecida a pessoa jurídica identificada na taxonomia estruturada na abertura do trabalho, mas que se produza um conjunto de normas balizadoras dos serviços prestados pelos operadores logísticos no Brasil, como ocorre nos países com maior grau de maturidade no setor”, explica Augusto Sales, sócio da área de Estratégia da KPMG do Brasil, empresa que lidera o consórcio.

“Sabemos que o Brasil está atrasado em relação aos países estudados em no mínimo 15 anos. Ainda que isso signifique ônus no que concerne ao longo hiato que nos separou da estruturação do setor, como latecomers, lograremos o bônus em sermos mais assertivos conquanto cometermos menos erros ao nos espelharmos nos pioneiros”, enfatiza o diretor executivo.

“Por sermos uma associação fundada há apenas dois anos, já contabilizamos feitos de alta relevância para o setor, não só pelo projeto de regulamentação que está se iniciando, mas também pela representatividade junto ao setor público e agências reguladoras da atividade”, finaliza Cesar Meireles.

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