ABCR comemora 20 anos do programa de concessão de rodovias e lança nova logomarca

Publicado em
28 de Maio de 2015
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Entidade também apresentou para a imprensa os detalhes do 9º CBRC - Congresso Brasileiro de Rodovias e Concessões, que será realizado em Brasília de 14 a 16 de setembro, com participação do BID, Ministério da Fazenda, Ministério dos Transportes e demais entidades do setor.

O programa brasileiro de concessão de rodovias completa 20 anos e a ABCR - Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias comemora o sucesso do modelo que vem modernizando as estradas do País desde junho de 1995, data da assinatura do primeiro contrato para administração da Ponte Rio-Niterói, cuja concessão será renovada por mais 30 anos, numa prova irrefutável do êxito do modelo.

“As concessões de rodovias trouxeram grandes benefícios para a infraestrutura de transportes e já se consolidaram como modelo de eficiência comprovada. Os investimentos já passam dos R$ 43 bilhões até agora e estimamos cerca de R$ 55 bilhões nos próximos cinco anos”, afirma Ricardo Pinto Pinheiro, presidente da ABCR.

Para comemorar os 20 anos e marcar uma nova fase da entidade, a ABCR apresentou, nesta quinta-feira, sua nova logomarca valendo-se de elementos gráficos que simbolizam o trabalho da entidade com governo, concessionárias e opinião pública na defesa dos interesses dos associados, da sociedade, da infraestrutura de qualidade e trabalhando pelo crescimento do setor.

O novo logotipo da ABCR marca ainda uma importante renovação da entidade, com um novo plano estratégico, elaborado a partir de análise das tendências do setor de transporte rodoviário para os próximos anos e que foi feito pela consultoria Mckinsey.

Vale destacar que, desde a sua criação, as concessões de rodovias passaram por processos de amadurecimento e adequação às necessidades atuais e o sucesso é fruto da transparência do processo e dos contratos assinados entre os poderes concedentes (união, estados ou municípios) e as empresas concessionárias.

“Acredito que temos muito a comemorar porque a sociedade já tem a certeza de que o programa de concessão de rodovias é uma alternativa eficiente para investimentos em infraestrutura de transporte. Uma das grandes provas disso foi a renovação da concessão da Ponte Rio-Niterói. Conduzido de forma transparente, com audiências públicas, reunião participativa, leilão com propostas competitivas e presença de importantes empresas do setor, o processo de renovação foi bem sucedido”, completa o presidente.

De acordo com a ABCR, foram injetados R$ 6,9 bilhões no setor em 2014 e a previsão é de investimentos na ordem de R$ 55 bilhões nos próximos cinco anos. “Há, no entanto, muito por fazer ainda. Como todos sabem, nossa infraestrutura é carente de investimentos massivos e precisamos ampliar as concessões, porque este é um modelo de resultados comprovados. As 20 melhores rodovias do País são todas concedidas, de acordo com a última Pesquisa da CNT”, avalia Ricardo.

Perspectivas

A presidente Dilma Rousseff anunciou recentemente que o novo pacote de concessões do Governo federal será lançado em junho e o governo aposta nos investimentos em infraestrutura para retomada do crescimento da economia. Considerando que atrair a iniciativa privada para novos investimentos é algo primordial para o País, a ABCR está confiante na continuidade do programa de concessões de rodovias em 2015.

A entidade, no entanto, destaca a importância do diálogo contínuo, visando a excelência dos projetos, com ganhos para todos os envolvidos: governo, sociedade e parceiro privado. “Considerando parâmetros adequados de retorno, financiamentos e segurança para investidores, a ABCR enxerga um futuro bastante favorável para o segmento. Vamos, portanto, aguardar que o governo lance o novo pacote, considerando essas importantes premissas que fomentam a saudável concorrência”, finaliza Ricardo.

A entidade ressalta, especialmente, a importância da segurança jurídica, já que decisões unilaterais que ferem os contratos podem aumentar o risco para os investidores privados. “Recentemente, por exemplo, a decisão unilateral de isentar de pedágio os eixos suspensos de caminhões vazios representou uma queda de receita inesperada para as concessionárias. Agora, a agência vai autorizar reajustes compatíveis com a perda da receita, como determina o contrato, mas a decisão inicial foi unilateral e ações como esta certamente assustam investidores de longo prazo”, explica o presidente.

No que se refere ao cenário macroeconômico, as perspectivas seguem na lógica de outros setores. “Sabemos que teremos meses desafiadores pela frente, mas estamos enxergando esforços governamentais com cortes de orçamento. Temos, ainda, noção de que a infraestrutura é um tema de importância crucial neste momento e, além disso, os projetos de concessão são de longo prazo. Se considerarmos que o governo vem se esforçando para equilibrar as contas e se os novos lotes de concessão forem apresentados com características que possam atrair o investidor privado, não tenho dúvidas de que podemos ter uma nova rodada de concessões de muito sucesso”, finaliza o presidente da entidade.

Informações financeiras

Abaixo, você encontra resumo dos dados financeiros de todas as concessionárias associadas que serão apresentados pela entidade ao mercado em relatório que está sendo finalizado. Os dados abaixo estão, portanto, sendo apresentados em primeira mão nesta quinta. Importante explicar que o saldo negativo é normal neste momento, já que tivemos entrada de várias concessionárias novas e, numa nova concessão, os primeiros anos sempre representam os investimentos maiores, que depois são recuperados a longo prazo.

Informações financeiras (R$ milhões)

2010

2011

2012

2013

2014

Receita total do negócio

10.805

12.944

14.326

15.365

15.980

Receita de pedágio

10.370

12.106

13.402

14.509

15.226

Outras receitas

435

838

925

856

754

Desembolso total

12.601

12.597

14.349

17.006

17.811

Investimentos

3.514

3.801

4.640

6.911

6.983

Despesas operacionais

3.328

3.882

4.400

4.095

4.392

Pagamentos ao poder concedente

2.563

575

684

707

635

Despesas financeiras

1.311

2.136

2.172

2.468

2.711

Tributos

1.885

2.203

2.454

2.825

3.090

Federais

1.331

1.565

1.728

2.036

2.270

Municipais

554

637

726

790

820

Saldo

-1.796

347

-23

-1.641

-1.831

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