Ebitda operacional registrou queda, como resultado de fraco desempenho em EPC solar, eólica e offshoreDa redaçãoFonte MaiorFonte Menor
A ABB registrou lucro líquido de U$636 milhões no segundo trimestre deste ano. Segundo a empresa, o montante inclui U$333 milhões de depreciação e amortização, dos quais aproximadamente U$100 milhões de amortização foram relativos a aquisições. As despesas relacionadas à reestruturação elevaram-se para U$40 milhões.
O Ebitda operacional no período atingiu U$1,3 bilhões, 15% a menos do que no mesmo trimestre de 2013, justificado pelo fraco desempenho operacional contínuo da companhia em Sistemas de Potência, relacionado, principalmente, a projetos de EPC em geração de energia solar, eólica e offshore.
De acordo com a ABB, a nova equipe de gerenciamento tem implementado ações rigorosas para eliminar o risco do portfólio de Power Systems e ajustar a capacidade. Adicionalmente à saída do negócio de EPC solar, a ABB está implementando um novo modelo de negócio de energia eólica para offshore EPC. "Como dito anteriormente, a Divisão de PS poderá impactar os ganhos dos próximos trimestres”, declarou o CEO da ABB, Ulrich Spiesshofer. "Estamos conduzindo a virada em PS com prioridade e fizemos bons progressos na redução da exposição."
Os pedidos totalizaram U$10,6 bilhões, sendo 14% mais elevadas em comparação ao mesmo trimestre de 2013. Os pedidos de base foram acelerados e a entrada de grandes projetos cresceram em mais de 70%. A carteira de pedidos no final de junho somava U$27,1 bilhões, um decréscimo de 5% em comparação com o final do mesmo trimestre de 2013, mas 5% maior do que no final de 2013.
"Em outubro passado, dissemos que iríamos conduzir o crescimento orgânico por meio da penetração, inovação e expansão, e, agora, estamos apresentando os resultados," disse Spiesshofer. "Nossas ações concentradas estão valendo a pena e dão suporte a um maior impulso global das encomendas. No segundo trimestre, vimos um crescimento animador em nossos dois maiores mercados, os EUA e a China."
A demanda por sistemas de distribuição de energia e por concessionárias de serviços manteve-se estável no trimestre, enquanto seus investimentos em transmissão de energia permaneceram seletivos.
No segmento de Power Products, o crescimento das encomendas foi impulsionado pelos mercados emergentes, incluindo China, Índia e Brasil. Os pedidos também aumentaram na América do Norte, mas diminuíram na Europa. As receitas inferiores no trimestre refletem principalmente em pedidos abertos em carteira.
Já em Power Systems, registrou um aumento de grandes pedidos, principalmente os U$400 milhões do projeto de ligação de HVDC no Canadá, conduziu a forte melhoria de pedidos no segundo trimestre, embora os pedidos de base também tenham crescido em um ritmo de dois dígitos.
A ABB analisa que as concessionárias de energia continuam cautelosas em seus investimentos de transmissão de energia e a empresa, por sua vez, continua a ser seletiva, concentrando-se na margem e no seu escopo de atuação em todos os pedidos. A receita foi menor do que no ano anterior, impactada pelos pedidos abertos em carteira e os atrasos de execução de projetos selecionados.