A Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) espera que o tabelamento de fretes rodoviários deixe de vigorar depois das eleições para a Presidência, em outubro.
“Acreditamos efetivamente que a tabela vai cair, com base em experiências que já tivemos em governos passados”, afirmou o presidente do Comitê de Logística e Competitividade da Abag, Cláudio Graeff, no 25º Congresso Internacional da Indústria do Trigo, em Foz do Iguaçu (PR).
“Depois das eleições, as decisões da justiça estarão desvinculadas de interesses políticos”, acrescenta o executivo, o que facilita a derrubada da medida.
Nos cálculos da entidade, a tabela desencadeou aumento de custos com fretes que vão de 51% a 150%, a depender da região. “Vemos risco de inflação nos alimentos, limitações nos fechamentos de contratos no mercado futuro de grãos e possibilidade de queda no plantio da safra 2018/19 em decorrência do tabelamento”, disse.
A tabela de frete surgiu como uma medida do governo federal para pôs fim à greve dos caminhoneiros, ocorrida entre o fim de maio e o início de junho.