Mudanças profundas no mercado de logística estão chegando... As empresas brasileiras estão preparadas?
Segundo pesquisa divulgada recentemente pela NTC&Logística, o transporte rodoviário de cargas no Brasil já despencou 44% desde o início da epidemia, o que provocou a redução do faturamento de 87% das empresas do setor. Isso significa que muitas transportadoras irão fechar e que o preço médio do frete irá subir em consequência da redução da concorrência e do aumento dos custos gerado pelas dificuldades de movimentação.
Esta "sacudida" no mercado irá trazer impactos permanentes motivados por algo tão simples e corriqueiro na vida das pessoas… a mudança de hábitos.
O leitor desta notícia, muito provavelmente, está lendo esse texto a partir da sua casa, porém não em um jornal ou em uma revista, mas no seu computador ou a partir do seu celular. Isso não é nenhuma grande novidade. A novidade é que esse leitor pode estar lendo isso em sua casa, no meio da semana, durante o horário comercial, sem nenhum tipo de supervisão de seus líderes. Bem, isso bastante diferente.
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Não é exatamente algo novo, claro, pois há muito já se fala do trabalho remoto e do empregado nômade como tendências da era digital, mas obviamente se via isso como uma realidade distante, aplicável a poucos, especialmente no Brasil, com seus modelos engessados e legislação trabalhista anacrônica.
Pois é, só que veio a pandemia... E, então, a mudança acelerou.
Assim como é difícil para alguém da geração atual imaginar-se lendo esse artigo em um jornal impresso, será difícil para as próximas gerações imaginarem-se cumprindo expediente em um escritório, obedecendo a um relógio ponto e recebendo instruções diretas e presenciais de seu chefe. Simplesmente, o mundo não será mais assim.
Então é importante que se comece a imaginar como será o dia a dia das pessoas depois que essa tempestade passar. Onde a indústria irá buscar matéria-prima? Onde irá entregar seus produtos manufaturados? E, principalmente, como, com quais meios e a que preço isso será feito?
A Transformação Digital bateu à sua porta
Neste tipo de cenário de mudanças abruptas e de novos hábitos é possível compreender a importância da transformação digital. Ela vai acontecer em todos os setores, seja de forma mais suave para quem se preparou, seja aos trancos e barrancos para quem está se movendo mais lentamente.
Inevitavelmente, quem fizer logística do mesmo jeito vai perder competitividade, pois o frete convencional ficará mais caro. E o profissional de logística que não se atualizar digitalmente vai ficar sem emprego, pois a aglomeração em grandes Centros de Distribuição e a consolidação de cargas vão dar lugar aos modelos de direct to consumer e de crowdshipping (se não sabe o que significam esses termos, já está um pouquinho atrasado).
Talvez alguém possa pensar - "Digital? Como digital? Transporte de carga é físico, precisa de caminhão, precisa de gente movimentando caixas." - Só que há muitas formas de ser digital
Entregar comida é algo físico, mas o iFood está aí. Transportar pessoas é algo físico, mas veio o Uber e mudou o mercado. A "digitalização" de um modelo econômico basicamente transforma a maneira que as pessoas se relacionam através de meios digitais, o que hoje em dia significa principalmente disponibilizar serviços e acesso à informação em computadores e smartphones, mas no futuro estará no relógio, nos óculos ou até no traje de uma pessoa.
E é desta forma que a logística está mudando. Quer alguns exemplos?
Logo que a epidemia começou no Brasil as autoridades determinaram o isolamento social. Com o fechamento de diversos estabelecimentos comerciais, os problemas com a logística começaram.