Em editorial na edição de março de 2015 da Revista Cranes Today, Will North, o Editor da importante publicação inglesa, fala com toda franqueza sobre a novela que tem sido o processo de regulamentação da Certificação de Operadores de Guindastes no Reino Unido e nos Estados Unidos.
Ele lembra, que nos EUA a indústria tenta implementar a certificação desde os anos 90, portanto, há quase 25 anos e a expectativa é que só em 2017 a mesma passe a ser obrigatória.
E no Brasil, será que estamos prontos para implementar a certificação de operadores de guindastes? O que pensam disso os empresários do setor?
Isso é o que estamos tentando descobrir através de pesquisa que acabamos de enviar via e-mail às nossas associadas e também a outras importantes empresas com atuação no segmento, com perguntas como o que deveríamos fazer primeiro, se investir na qualificação e certificação das entidades/empresas que fazem treinamento no Brasil, ou dos operadores de guindastes, por exemplo? (Se você não tomou conhecimento dessa pesquisa e deseja participar envie um e-mail para [email protected]).
Um pouco de história
Há alguns anos atrás o Comitê de Segurança nas Operações com Guindastes do Sindipesa iniciou negociações com o NCCCO, entidade americana que já certificou milhares de operadores e conta com reconhecimento internacional, para verificar a viabilidade de uma parceria para promover a certificação de operadores de guindastes no Brasil.
O processo acabou sendo emperrado pela excessiva burocracia da entidade americana e com as preocupações relacionadas à tropicalização e aplicação dos testes no Brasil.
Nesse meio termo as empresas de locação de guindastes, principais interessadas na Certificação de Operadores de Guindastes, foram surpreendidas com a notícia de que por iniciativa da SOBRATEMA, a ABEMI estava se habilitando para certificar esses profissionais no Brasil.
Ninguém pode contestar a competência da Sobratema e da ABEMI, nem de louvar a iniciativa, no entanto é preciso reconhecer a complexidade desse tema e, mais importante, o crescente consenso global pela maior padronização possível da capacitação e certificação de toda a mão de obra envolvida nas operações com guindastes. Aliás essa questão é tema de extensa reportagem na edição da revista International Cranes and Specialized Transport do mês de março, que pode ser lida aqui>>>
A Sobratema é parceira do Sindipesa o que permite diálogo fácil e permanente, aspecto que temos certeza, vai possibilitar a maior interação possível para os ajustes e as adequações que o processo de Certificação de Operadores de Guindastes no Brasil requer para, tendo em vista o retrospecto internacional, pular etapas, levar em conta a globalização, se aproximar o máximo possível dos padrões internacionais e não se transformar em uma novela como tem sido no resto do mundo.
Reproduzimos abaixo o editorial da Revista Cranes Today: