A lógica da grana na remuneração dos executivos brasileiros

Publicado em
20 de Junho de 2012
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O executivo brasileiro é um dos mais bem pagos do mundo. Desde 2007, o número de homens e mulheres de negócios que recebem mais de 1 milhão de reais por ano dobrou. No ano passado, chegou a 41% dos presidentes e diretores das maiores empresas do país, segundo a consultoria de recursos humanos Hay Group.

Entre salários, bônus anuais e incentivos de longo prazo, o presidente de uma grande companhia brasileira recebe, em média, 2,7 milhões de reais por ano. Os bônus anuais também crescem em ritmo intenso. Hoje, um diretor ganha oito salários extras por ano, três mais que a média de 2007.

Em termos de bônus, é a maior bolada do mundo — tanto em valores absolutos como em proporção do salário. Com tanto dinheiro na mesa, renasce uma das mais antigas perguntas do mundo corporativo: qual o jeito certo de remunerar? Ter executivos tão bem pagos traz retorno para o acionista? Dá para criar um plano que retenha os melhores sem esfarelar o caixa?

Essa discussão ganhou mais relevância nos últimos meses. Nos Estados Unidos, o presidente do banco JP Morgan, James Dimon, está sendo pressionado a tomar de volta parte da remuneração dos executivos depois que o banco anunciou perdas de 2 bilhões de dólares no último ano.

Dimon trouxe de volta à tona um termo que causa arrepios em Wall Street — os clawbacks. Trata-se de uma ferramenta criada em 2002 que obriga os funcionários a devolver bônus e ações já pagos caso o desempenho da companhia não se sustente. Convém às empresas brasileiras acompanhar o debate americano com atenção.

A disputa crescente pelos melhores profissionais está forçando a criação de sistemas cada dia mais complexos também por aqui. Segundo o Hay Group, hoje nove em cada dez empresas brasileiras oferecem bônus anuais a seus executivos, um volume recorde.

Além disso, 35% delas possuem também um plano de incentivos de longo prazo, que pode incluir ações, opções de ações ou até bônus em dinheiro. Remunerar da maneira correta é mesmo difícil.

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