A era da inovação frugal, por Luiz Marins

Publicado em
13 de Abril de 2015
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Frugal é um adjetivo que qualifica o que é comedido, simples, econômico no uso de recursos, evitando o desperdício, a extravagância e o esbanjamento desnecessários.

Um dos mais interessantes e essenciais livros que li ultimamente é o escrito por Navi Radjou e Jaideep Prabhu, FRUGAL INNOVATION - Como fazer mais com menos. O livro publicado pela THE ECONOMIST em fevereiro de 2015 e até esta data ainda não publicado em língua portuguesa, vem sendo a grande sensação e objeto de estudo das empresas, centros de pesquisa e universidades no mundo inteiro.

Inovação frugal significa criar produtos e serviços simples e eficazes, porém de alta qualidade, para um consumidor cada vez mais exigente, preocupado e alerta em relação às suas economias pessoais e com elevada consciência ambiental e social. Significa que as empresas, em tempos de recursos escassos (e que jamais voltarão a ser abundantes) devem buscar fazer mais (e melhor) com menos.

Os autores mostram que muitos produtos possuem recursos e funções que jamais serão usados pelos consumidores. Essa sofisticação desnecessária aumenta custos e irrita o consumidor que se vê pagando por coisas que não utiliza. Com um mercado global estimado de trilhões de dólares para produtos simples e eficazes (frugais), com grande economia de custos de desenvolvimento e produção, a inovação frugal está revolucionando negócios e redefinindo as áreas de pesquisa e desenvolvimento das empresas e o pensamento de gestão no mundo inteiro.

O livro explica os princípios, os benefícios e técnicas por trás da inovação frugal, permitindo que as empresas ganhem mais com produtos mais simples e que atendam as reais exigências dos consumidores de hoje. O livro discute: (a) como alcançar a customização em massa, usando a robótica de baixo custo, design de produtos baratos e softwares de prototipagem virtual disponíveis hoje; (b) como os consumidores finais e outros parceiros externos à empresa (clientes corporativos e fornecedores, por exemplo) podem ajudar a desenvolver produtos mais simples e eficazes; (c) como implementar práticas sustentáveis, tais como a produção de produtos livres de resíduos; (d) como mudar a cultura da empresa para que ela se torne mais frugal, que repito, significa ser simples, econômica no uso de recursos, evitando o desperdício, o esbanjamento, a extravagância e o desenvolvimento de produtos desnecessariamente caros e complicados para um consumidor que exige hoje exatamente o contrário.

Estamos, portanto, na era da inovação frugal!

Pense nisso. Sucesso!

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