44% da frota brasileira de caminhões de carga tem mais de 20 anos

Publicado em
26 de Julho de 2010
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De acordo com o mais recente levantamento da ANTT - Associação Nacional de Transportes Terrestres, divulgado em 2009, 44% da frota brasileira de caminhões de carga é composta por veículos com mais de 20 anos. Outros 20% correspondem a máquinas ainda mais velhas, com idade superior a 30 anos.

Esses veículos, em decorrência da idade, apresentam riscos à segurança do motorista e de outros usuários de rodovias, ao meio ambiente e à eficiência do transporte. Além de apresentarem altos níveis de consumo de combustível e emissão de poluição, a frenagem prejudicada pode comprometer em 70% a resposta do motorista.

Também há comprometimento financeiro. O custo de um veículo com cinco anos de uso é 80% maior em relação a um novo, o que muitas vezes desestimula ações importantes como revisão e troca de peças.

No quadro atual de transporte de cargas, 86% dos caminhões entre 20 e 39 anos são de motoristas autônomos, levantamento que evidencia a dificuldade destes motoristas em trocarem seus veículos. Estudos da Confederação Nacional do Transporte (CNT) apontam a dificuldade de comprovar renda como um dos principais entraves, contrapartida exigida pelo Procaminhoneiro.

As atuais ferramentas de financiamento do governo voltados ao setor de transporte, como o Programa de Sustentação do Investimento (PSI) e o Procaminhoneiro, estão previstas para serem extintas até o fim de 2010. Tais defasagens estimularam especialistas da CNT a elaborar o RenovAr, modelo de um Plano Nacional de Renovação da Frota de Caminhões lançado em 2009.

A sugestão da Confederação Nacional do Transporte é equilibrar ações de crédito aos caminhoneiros, gestão ambiental e estímulo econômico-financeiro aos fabricantes de forma sustentável. Se adotado pelo governo, o RenovAR reciclaria, até 2022, toda frota com mais de 30 anos de idade.

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