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Cerco ao roubo de cargas

Introdução

Vivendo sob a ameaça de terem as cargas desviadas, atacadistas/distribuidores se organizam em torno de suas entidades regionais e nacional (a ABAD – Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores) para obter dos órgãos públicos respostas efetivas no combate ao roubo de cargas e, isoladamente, adotam uma série de mecanismos de segurança para reduzir as ações criminosas e os prejuízos que elas acarretam. Os mais precavidos fazem o mapeamento detalhado dos pontos onde há maior incidência de roubos, monitoram as rotas dos seus veículos e de todas as suas entregas e utilizam bloqueio automático, via satélite, a qualquer sinal de problema. Nas cargas de maior risco, já é comum o uso de escolta.

Um atacadista de São Paulo que prefere não se identificar diz que as ações preventivas como essas, adotadas pela sua empresa a partir de 1995, ajudaram a reduzir o número de ocorrências de roubos de cargas de seis ao mês para cerca de duas a cada três meses. Ele conta que investiu em torno de R$ 5 mil em cada um dos seus caminhões, e que o custo unitário mensal para manter a sua estrutura de segurança é de R$ 800.

Em Uberlândia, cidade mineira onde se concentram grandes distribuidoras e operadoras logísticas, uma parceria da iniciativa privada com o poder público resultou na instalação de uma Delegacia Especializada em Roubo de Cargas pelo governo do Estado, em maio de 1999, e desde essa ocasião o número de ocorrências caiu 47%. Entre 2001 e 2000, o número de registros baixou de 222 para 141. Neste ano, de janeiro a maio, foram registrados 56 casos. A participação dos empresários locais, liderados pela ACIUB – Associação Comercial e Industrial de Uberlândia, foi decisiva e possibilitou o fornecimento de móveis, materiais de escritório, sistemas de comunicação, computadores e veículos. A Delegacia atua numa região compreendida por 72 municípios do Triângulo Mineiro e do Alto Parnaíba, e conta com a colaboração das polícias de São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.

A ACAD – Associação Cearense dos Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados uniu forças com a FACIC ? Federação das Associações do Comércio, Indústria e Agropecuária do Ceará e com o SETCARCE – Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Ceará e passou a trabalhar diretamente junto aos órgãos de segurança pública do Estado, principalmente a Superintendência da Polícia Civil. Naquele Estado, de janeiro a julho de 2001, houve registro de 64 roubos de cargas, com prejuízos estimados em R$ 2 milhões. Os alvos preferidos foram os distribuidores que trabalham com leite em pó, óleos vegetais e margarinas, cigarros, cargas fracionadas, confecções e têxteis, e produtos eletroeletrônicos.

Com a orientação de um advogado especializado em transporte rodoviário, a FACIC elaborou um dossiê sobre o roubo de cargas no Estado e uma cartilha de orientação para os empresários da área de transporte. No dossiê, para inibir a atuação de quadrilhas, são apresentadas sugestões como, por exemplo, a criação de uma Delegacia Especializada em Roubo de Cargas e a centralização dos boletins de ocorrência sobre esse tipo de crime. Convênios com as Polícias Federal e Rodoviária Federal, ações conjuntas da Polícia Judiciária com fiscalizações fazendárias estadual e federal são outras medidas aconselhadas, principalmente para inibir a ação dos receptadores.

Algumas companhias seguradoras, diante do aumento do número de ocorrências, condicionam o seguro à implantação de sistemas de rastreamento de frotas ou até mesmo à realização do gerenciamento do risco por terceiros. “O mercado busca mecanismos preventivos, já que não está em suas mãos fazer a repressão”, destaca Sérgio Casagrande, vice-presidente da Apisul Seguros. Há 1,2 milhão de caminhões atuando no transporte de cargas no País. Destes, estima-se que apenas 50 mil são rastreados, número que vem crescendo nos últimos dois anos, em função do aumento da demanda, da diminuição dos preços e também da diversificação da oferta, com a chegada das tecnologias do celular, da radiofreqüência e do satélite.

Reflexos na cadeia logística

Tão grande quanto as perdas relativas à carga (que eventualmente são ressarcidas por seguro) é o transtorno que pode representar para a cadeia logística a não entrega da mercadoria no local e na data previstos. “O roubo de cargas é um câncer que atinge a atividade atacadista e de distribuição”, diz o presidente da ABAD, Paulo Pennacchi, ao avaliar que o setor é um dos mais visados e um dos mais prejudicados por crimes desse tipo. “Caminhões são desviados pelos bandidos mal acabam de ser carregados na indústria, levando a crer que a carga tenha sido encomendada. Isso sem falar nos riscos que essa insegurança impõe à vida dos nossos motoristas colaboradores.”

Atentos ao problema, diretores da ABAD já estiveram com representantes da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (o Estado com maior índice de ocorrências) e do Ministério dos Transportes, em Brasília, para solicitar aos órgãos competentes o maior esforço possível na repressão ao roubo de cargas. Pennacchi salienta que já fazem parte da rotina do setor medidas preventivas que envolvem, por exemplo, a adoção de sistemas de rastreamento e de gerenciamento de riscos. “Porém, se esse tipo de precaução ajuda a evitar roubos, acaba encarecendo o nosso custo operacional”, observa o presidente da ABAD.

Como os ladrões estão mais arrojados, os gastos citados por Pennacchi devem crescer. É o que acontece, por exemplo, diante da perspectiva do aumento da incidência do roubo de cargas em Centros de Distribuição, que vem exigindo a implantação de sofisticadas medidas de segurança também na armazenagem. Os sistemas, integrados, incluem vigilância ostensiva e equipes de pronta resposta, circuito fechado de TV, alarmes de intrusão e pânico, e controle de acesso informatizado para pessoas e veículos, entre outros recursos. “Isso sem falar no emprego de normas e procedimentos de segurança física de instalações, planos de treinamento, de contingência e de continuidade de negócios”, diz Alexandre Pedreira, gerente de Operações da Plantech Smartsystems.

Prejuízo deve aumentar em 2002

De acordo com dados fornecidos pelo mercado segurador relativos a 2001, os 7.218 registros de roubos de cargas renderam R$ 466 milhões ao crime organizado. Mas, para a Comissão Permanente de Segurança, de abrangência nacional, composta por membros do SETCESP – Sindicato das Empresas de Transporte de Carga do Estado de São Paulo e da NTC – Associação Nacional dos Transportadores de Carga, esses números são bem maiores, e podem chegar a 9.800 – o que equivale a uma média diária de 26 ocorrências –, com desvio de R$ 550 milhões para o crime organizado somente no ano passado. Os dados incluem as estimativas sobre cargas roubadas fornecidas pelas seguradoras, e também sobre as que não estavam no seguro. Nada otimista, o senador Romeu Tuma, que preside a CPMI – Comissão Parlamentar Mista de Inquérito sobre Roubo de Cargas, acredita que os valores das cargas desviadas poderão atingir R$ 1 bilhão neste ano. Ele avalia que os investimentos em medidas de segurança já absorvem 15% do faturamento bruto das empresas. Criada em março de 2000, com prazo para estar concluída no final deste ano, a CPMI do Roubo de Cargas já ouviu cerca de 150 pessoas físicas e jurídicas suspeitas de envolvimento com o crime organizado.

Integrada por senadores e deputados, a CPMI está certa de que as quadrilhas que praticam esses crimes estão ligadas ao narcotráfico e à lavagem de dinheiro. “Para vencermos a luta contra o crime organizado, precisamos avançar em quesitos como, por exemplo, melhor fiscalização dos estabelecimentos comerciais para a identificação de mercadorias roubadas, tratamento mais rigoroso do crime de receptação, melhor identificação das mercadorias, que começa no nível do produtor, e criação de bancos de dados adequados, com informações pertinentes e acessíveis ao Poder Público e às empresas”, sugere o senador Romeu Tuma. Ele se refere à região formada pelos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais como o “Triângulo das Bermudas” do roubo de cargas no País, onde acontecem 70% desse tipo de ocorrência.

Combate à receptação

As cargas mais visadas continuam sendo as de combustíveis, alimentos, cigarros, eletroeletrônicos, produtos farmacêuticos, têxteis e confecções, higiene e limpeza, autopeças e produtos químicos. ?Para reduzir os índices de criminalidade, é necessário dar prioridade ao combate à receptação”, enfatiza o coronel Paulo Roberto de Souza, assessor de Segurança do SETCESP. Ele destaca que, além de tecnologia para o transporte móvel de carga, a segurança eficiente de uma empresa depende de outros fatores, tais como investimentos em Recursos Humanos, em instalações adequadas, em treinamento de todos os seus funcionários e na análise rigorosa de sua forma de operação.

Unindo forças ao combate à criminalidade, o Ministério da Justiça criou uma força-tarefa constituída por policiais civis e federais dos Estados de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul para fortalecer a vigilância nas fronteiras do País com a Bolívia e o Paraguai, principais pontos de saída de carros e de cargas roubadas, e de entrada de drogas e de armas. As primeiras ações estarão voltadas para o levantamento das quadrilhas e dos receptadores. Outros fatores que deverão inibir a atuação criminosa são a aprovação, em maio, da Lei 10.446, que federaliza os delitos de carga e coloca a Polícia Federal nas investigações a respeito desse tipo de crime, e a apresentação, no Congresso, de um projeto de lei que classifica o roubo de cargas como crime hediondo.


Tecnologias a seu favor

Equipamentos de rastreamento de veículos por satélites de ampla cobertura estão mais acessíveis às pequenas e médias empresas

Se os equipamentos de monitoramento de frotas surgiram na esteira do desenvolvimento da logística com o objetivo de ajudar embarcadores, transportadores e operadores logísticos a gerenciar a distância os caminhões que estão a serviço da empresa, acompanhando as rotas percorridas e detectando eventuais ocorrências, o crescimento assustador do número de roubos de cargas nos últimos anos reforçou a demanda por esse tipo de sistema. Apesar desse avanço, da frota de 1,2 milhão de caminhões que rodam no País, apenas 50 mil veículos são rastreados, por intermédio de satélite, rádio ou celular.

A utilização do serviço, baseado em satélites posicionados a quilômetros do planeta, com cobertura nacional e efetuada em poucos minutos – ou até mesmo em questão de segundos ? era considerada, até há pouco tempo, como um recurso sofisticado, um privilégio exclusivo de empresas tecnologicamente evoluídas e com cacife para desembolsar, por caminhão, algo em torno de US$ 12 mil. Nos últimos cinco anos, os preços dos equipamentos tomaram a rota descendente, caindo para cerca de US$ 2.500, menos de um quarto do custo anterior.

Para Rodrigo Costa, gerente de Marketing da Autotrac, a adoção da tecnologia de rastreamento deixou de ser um privilégio das grandes transportadoras e já se torna acessível a médias e pequenas empresas do setor, preocupadas tanto com a eficiência logística como com a necessidade de se prevenir contra eventuais assaltos. "O roubo de cargas é uma pedra no sapato dos embarcadores. E os bandidos dão preferência a veículos não rastreados, pela maior garantia de sucesso na operação", disse Rodrigo. "Quem tem a informação na mão sai na frente, tanto no que se refere à melhoria do serviço prestado aos clientes como na prevenção", reforça Cleber Pinto de Castro, gerente nacional de Vendas da Controlsat, do grupo Schahin, que também atua no segmento de rastreamento por satélites.

Os sistemas de rastreamento são constituídos por um terminal de comunicação móvel e por uma antena colocados no veículo, e por um software específico, implantado na base de operações do usuário. Na Autotrac, o número de terminais instalados mais que triplicou nos últimos quatro anos, passando de R$ 37 milhões em 1998 para R$ 123 milhões em 2001. Para este ano, a perspectiva é a de vender 16 mil desses equipamentos e faturar R$ 175 milhões. Em 2001, a empresa instalou 11.500 terminais e, em 2000, 9.200. A expansão dos canais de vendas também colaborou para a ampliar a participação da Autotrac no mercado. Em 2001/2000, o pessoal da linha de frente cresceu 57% (áreas comercial e de pós-venda). A empresa conta hoje com 58 filiais no Brasil, além de uma na Argentina.

Para a Controlsat, o cenário não é diferente. A empresa comercializou 1.300 equipamentos (antena, processador e terminal de dados) em 2001 e, para 2002, prevê atingir a marca dos 4 mil. No final do ano passado, inaugurou filiais em Porto Alegre e em Curitiba e, ainda neste ano, deverá chegar ao Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Goiânia, Feira de Santana, Recife, Fortaleza e Belém, totalizando 20 filiais. "Além destas, teremos mais 20 pontos de assistência técnica no País", revela o gerente nacional de Vendas.

Rapidez na comunicação

A Autotrac dispõe, no satélite BrasilSAT, de um canal dedicado aos seus clientes. "Isso garante o diferencial do sistema OmniSAT em performance, velocidade e cobertura de uma área muito extensa. As mensagens chegam apenas 20 segundos depois de enviadas", afirma Rodrigo Costa.

O sistema Inmarsat, utilizado pela Controlsat, é formado por um conjunto de 36 satélites com 40 estações terrenas espalhadas pelo mundo. A transmissão das mensagens demora cerca de 2,5 minutos. Com abrangência intercontinental e tecnologia própria, o sistema Controlsat pode ter seus softwares e equipamentos adaptados de acordo com as necessidades específicas de cada cliente, explica o seu gerente nacional de Vendas.

Além de possibilitar o acompanhamento do veículo (na tela do computador do cliente) por intermédio de mapas detalhados com estradas, cidades e referenciais importantes, que podem ser visualizados em diversas escalas, os sistemas também podem ser acrescidos de uma série de soluções que proporcionam segurança ainda maior. O computador de bordo da Autotrac gerencia em rede, dentro do caminhão, sensores e atuadores que operam em situações de risco. Os sensores detectam perda de comunicação, eventuais carona, abertura de portas, desengate de carreta, violação da antena, da ignição, e alterações da temperatura, entre outras situações de alarme. Quanto os atuadores, eles promovem, por exemplo, o acionamento de alarmes e sirentes, travamento de portas, imobilização da carreta e bloqueio de motor.

O software QTRACS BR da Autotrac executa programação de rotas; programação de paradas (locais, tempos, etc.); cadastro de referências tais como postos fiscais, gerenciadoras de risco, Polícia Rodoviária Federal; cria cercas eletrônicas; aponta áreas de risco; informa em tempo real com avisos sonoros e visuais na tela do computador (status da carga e da frota); programa o acionamento remoto dos sensores e atuadores; tem comunicação bidirecional com o motorista do caminhão.

Empenhada em oferecer soluções que dificultem a ação dos ladrões, a Autotrac lançou, no ano passado, um imobilizador de carretas. O dispositivo faz com que a carreta não se mova caso o cavalo-mecânico a ela acoplado não seja o que está habilitado para transportá-la. Para o segundo semestre deste ano, a empresa pretende colocar no mercado uma trava de proteção contra roubo e alteração de combustível.

A Controlsat oferece como opcionais um bloqueador de combustível com sirenas e pisca-alerta, sensor de engate e desengate, sensor das portas do motorista e do passageiro, e travamento das portas do baú. Sua mais recente novidade é um sensor de desengate de carretas que dispensa o uso de uma terceira tomada, pois se vale da tomada original do caminhão, o que impede a sua identificação pelos ladrões e se coloca como um diferencial da empresa, explica Cleber de Castro. (V.C.)

A vez do caminhoneiro

A Autotrac criou o projeto caminhoneiro, que possibilita ao transportador autônomo proteger o seu veículo adquirindo apenas o terminal embarcado (um hardware para segurança e logística), ao custo de US$ 2.500. O equipamento é financiado em 12, 24, 36 ou 48 meses, com percentuais de correção de pessoas físicas, e é acompanhado de suporte (treinamento e pós-venda) pela equipe da Autotrac. Com o terminal em mãos, o caminhoneiro pode oferecer seus serviços a embarcadores ou transportadoras que fazem uso do sistema de rastreamento OmniSAT, da Autotrac, e, assim, conseguir trabalhar com cargas de maior valor agregado.

Por meio do sistema, o embarcador habilita o equipamento do transportador terceirizado apenas durante o período em que ele estiver prestando serviços para a sua empresa. Encerrado o trabalho, o terminal do autônomo é desabilitado e ele fica livre para prestar serviços para outro embarcador. Os gastos com a comunicação ficam por conta do dono do sistema. “Essa é também uma alternativa de redução de custos para a transportadora e/ou o embarcazdor, que, uma vez tendo adquirido o sistema, pode deixar de comprar os terminais”, explica o gerente de Marketing da Autotrac, Rodrigo Costa.


Gerenciamento de risco

A adoção de mecanismos eficazes de segurança preventiva ajuda a evitar perdas se reduz custos logísticos

Assalto à mão armada e apropriação indébita são apenas dois dos principais riscos existentes no transporte rodoviário de cargas. Criar condições para evitá-los tornou-se uma necessidade urgente, da qual pode depender a sobrevivência do próprio negócio, em face da ineficácia das ações policiais. Além da necessidade de segurar a carga e o caminhão, embarcadores, transportadoras e operadores logísticos se vêem pressionados por muitas seguradoras a contratar empresas especializadas em monitoramento de frotas, o que eleva os custos. Segundo Carlos Mira, vice-presidente da Mira Transportes e presidente da ASLOG – Associação Brasileira de Logística, o item segurança, na composição do custo do transporte, saltou de 5% para 15% nos últimos cinco anos.

As companhias especializadas em gerenciamento de riscos discordam, e afirmam que a adoção de mecanismos eficazes de segurança e prevenção ajuda a evitar perdas, reduz custos logísticos e de transporte, aumenta a produtividade, garante a entrega dos produtos e torna a empresa mais competitiva. ?Gerenciamos outros riscos, como, por exemplo, colisão de veículo, tombamento, deslizamento de carga, avarias no produto durante o transporte e danos ao meio ambiente (no caso de produtos perigosos). Nosso objetivo principal é o de otimizar a logística do cliente”, acrescenta Douglas Tessitore, diretor da Plantech SmartSystems. Ele explica que uma assessoria especializada em gerenciamento de riscos também pode ajudar na negociação com seguradoras e contribuir para reduzir substancialmente o valor do prêmio pago. “A cultura do brasileiro ainda está muito voltada para o seguro, e não para a segurança institucional”, avalia.

Alexandre Pedreira, gerente de Operações da Plantech, vai mais longe: “De nada adianta utilizar ferramentas sofisticadas para o monitoramento de frotas se os pontos de embarque estão desorganizados, com várias pessoas nas imediações sabendo que tipo de carga será transportada e se ela é valiosa ou não. Isso facilita o roubo!”

Sérgio Casagrande, vice-presidente do Grupo Apisul (constituído por uma corretora de seguros, uma reguladora de sinistros e uma empresa de sistemas de gerenciamento de riscos), alerta para o fato de que rotas e pontos de parada são aspectos críticos no transporte, e que não cabe ao motorista escolhê-las a seu bel prazer nem decidir os seus horários de partida ou de chegada. “O embarcador deve adotar um padrão operacional que tenha foco na segurança e fornecer aos seus motoristas um plano de viagem, com rotas pré-estabelecidas.”

As empresas que têm mais condições de oferecer um bom projeto de gerenciamento de risco são as que dispõem de pessoal qualificado, com profundo conhecimento sobre transporte, tecnologia e formas de abordagem dos veículos. Devem saber avaliar de maneira adequada as necessidades do cliente e desenvolver um plano de ação em conformidade com as mesmas, um plano racional e eficaz que tenha por base a recomendação de uma série de procedimentos a serem adotados. Isso inclui orientação técnica para as áreas de segurança e de logística, acompanhamento da incidência de sinistros, assessoria técnica para a contratação de serviços de transporte, planejamento e roteirização de viagens, além do estabelecimento de parâmetros de segurança.

Cases de sucesso

A Trade Vale, uma corretora que se especializou no desenvolvimento de projetos para o segmento atacadista, destaca-se por oferecer uma equipe multidisciplinar de técnicos em seguros, que planeja as apólices para atender a todo o conjunto de necessidades do segurado e procura obter uma redução no valor pago por apólice. “Nosso objetivo é transformar os prêmios pagos pelo segurado em investimento, em garantia do retorno do capital aplicado”, diz o diretor da empresa, Ricardo Belucci. Para Sérgio Casagrande, da Apisul Seguros, monitoramento de frotas e escolta de veículos são ferramentas básicas para o gerenciamento, mas a elas devem ser somadas outras ações, entre as quais o controle e a proteção de rotas, o cadastramento de motoristas (com paradas obrigatórias em postos de abastecimento pré-determinados, para check-list), a manutenção de postos avançados e o sigilo a respeito da operação. “É preciso também avaliar se as normas sugeridas não são rígidas demais, a ponto de engessar a logística do cliente e prejudicar o fluxo de toda a cadeia de abastecimento”, pondera Alexandre Pedreira, da Plantech.

Algumas empresas de gerenciamento de risco estendem os seus serviços para a proteção de CDs. É o caso da Plantech. “As imagens são filmadas e gravadas em nossa central. Se houver anormalidade, alarmes são disparados, portas são travadas e a polícia é acionada”, diz Pedreira. (V.C.)


Proteção para as lojas e armazéns

Indústria amplia oferta de equipamentos e sistemas para coibir furtos dentro de lojas e armazéns

Regina H. Moldero

Um dos estratagemas utilizados atualmente nos assaltos a armazéns e centros de distribuição é o chamado “Cavalo de Tróia”, em que os assaltantes entram no armazém escondidos dentro do baú de um caminhão roubado. Esse pesadelo também pode ser evitado com o apoio dos equipamentos eletrônicos, segundo informa Marcelo Guerra, diretor nacional de Negócios Vídeo & Controle de Acesso da Sensormatic. Ele recomenda instalar um sistema de controle de acesso com leitoras de proximidade, capazes de identificar um cartão eletrônico à distância de 10 cm a 15 cm, e com leitoras biométricas, que identificam impressões digitais para áreas específicas de acesso reservado. Esses equipamentos são integrados num sistema de gerenciamento a distância. Na área externa, é possível implantar câmeras móveis de alta sensibilidade em baixa luminosidade, dotadas de zoom, percursos e alvos programáveis. “O local protegido deve permanecer sem iluminação. Os sistemas de detecção de luz ou de movimento nele instalados disparam alarmes remotos a qualquer sinal de intrusão. O monitoramento remoto das imagens e do acesso é um forte aliado no caso de armazéns e centros de distribuição localizados em áreas mais distantes. Outro fator importante consiste em avaliar continuamente a qualidade da empresa de vigilância”, diz o executivo.

“Na área interna, sugerimos a instalação de câmeras fixas e móveis. Uma câmera programável (dome) faz um giro de 360 graus por segundo, detecta movimentos, faz zoom, gera a imagem e dispara o alarme. Esse sistema deve ser gerenciado por equipamentos de gravação e de transmissão de imagens digitais, mais eficientes que os sistemas analógicos”, informa. É possível instalar o sistema e os equipamentos na rede própria da empresa, que pode ser LAN/WAN, de fibras ópticas ou de alimentação. Com um investimento de 50 mil dólares e duas semanas de implantação, é viável implantar uma estrutura básica de segurança eletrônica, afirma o diretor da Sensormatic do Brasil.

A empresa também oferece o software de gerenciamento de segurança Promatic, equipamento importado que protege mercadorias expostas em mostruários, e um software de gestão de CFTV (circuito fechado de televisão) indicado para montagem de banco de dados das ações de furto. O sistema Promatic conta com dois tipos de centrais inteligentes que gerenciam a proteção de 16 a 80 itens. O sistema identifica o índice de recuperação de produtos-alvo e viabiliza relatórios das incidências, o que permite criar um perfil de quem furta em lojas. Analisando essas informações, é possível estruturar melhor o quadro de segurança e inibir os furtos com mais eficácia. Outro sistema disponível é o Alert, que faz o gerenciamento de check-outs, acompanhando a produtividade de cada operador de caixa. O sistema registra a saída dos produtos mais visados, flagrando se há furto no registro inadequado de cada item.

Equipamentos de ponta

Outra novidade indicada para centros de distribuição e grandes armazéns é a câmera de trilho Axis Drive, fornecida pela empresa carioca Audiotelemática, com um ano de garantia e assistência técnica disponível em todo o País. Manuel Santos, diretor comercial, explica que a câmera corre por dentro de um duto fumê, fazendo movimentos laterais e verticais, e podendo efetuar rotações de até 360º. O equipamento é dotado de zoom que aproxima 300 vezes uma imagem e monitora os corredores entre os porta-paletes, eliminando os pontos cegos. É possível interligar a câmera com a Internet, permitindo à empresa ter acesso às imagens por via remota, utilizando, para isso, uma senha de acesso restrito.

Há um outro recurso que poderá dificultar a ocorrência de furtos e roubos das mercadorias que circulam na cadeia de abastecimento do varejo brasileiro. A tecnologia de Etiquetagem de Mercadorias na Origem, implantada nos Estados Unidos na década de 1990, desembarca no País por meio da Sensormatic do Brasil, empresa do grupo norte-americano Plastrom, que está investindo US$ 5 milhões em nova fábrica, com início de produção previsto para este mês de julho. “Grandes cadeias solicitam às indústrias a Etiquetagem na Origem, e mesmo os fabricantes que buscam agregar valor ao produto decidem entregar ao varejo o produto já etiquetado”, assinala Helena Kato, diretora de Etiquetagem na Origem da Sensormatic. Trata-se de uma etiqueta adesiva com tecnologia Ultra Max, adaptada à linha de produção da maioria dos produtos de consumo. “As etiquetas antifurto são utilizadas principalmente nos produtos de maior valor agregado, que são alvo de quadrilhas ou de perda. Estando a loja equipada com o sistema antifurto, quando o ladrão tenta sair com o produto sem passar pelo caixa, o mecanismo aciona a antena que dispara o alarme.”

Para distribuidores, a etiqueta antifurto facilita o controle contra furtos no estoque ou contra aqueles que ocorrem durante o fracionamento dos pedidos (picking). “Com produtos protegidos expostos livremente e com fartura, o varejo obtém maior giro das mercadorias e evita furtos por parte de funcionários, clientes ou quadrilhas”, diz Helena Kato. A etiquetagem antifurto já está em operação nos mercados da Argentina, da Colômbia e do Chile.

Crescimento explosivo

A preocupação com a segurança não está restrita ao mercado corporativo. Residências também aumentaram a demanda por equipamentos de segurança eletrônica, alavancando negócios para as lojas de departamentos e de eletroeletrônicos. A Gradiente Security, unidade de negócios criada há três anos dentro do Grupo Gradiente, recebeu investimentos de R$ 12 milhões e implantou 3.000 m² em seu parque industrial para produzir uma linha de 15 itens como, por exemplo, alarmes, videoporteiros, monitores, câmeras, time lapses (gravadores de imagens) e quads (divisores de tela), destinados a circuito fechado de TV. Os alarmes e o vídeo porteiro, de instalação mais fácil, estão disponíveis em home centers, em estandes onde profissionais treinados esclarecem dúvidas e dão informações a respeito de promoções especiais com empresas de monitoramento. O mercado de segurança eletrônica no Brasil movimenta perto de 700 milhões de dólares e cresce mais de 20% ao ano, calcula Sérgio Whyte Gailey, diretor geral da Gradiente Security. Nos Estados Unidos, todo o mercado de segurança movimenta mais de 100 bilhões de dólares anuais, sendo o sétimo mercado de indústria e serviços mais rápido em crescimento.


Motorista: o elo fundamental

De nada adiantará implantar mecanismos preventivos de segurança se os motoristas não adotarem procedimentos básicos no transporte de cargas

Qualquer corrente é tão forte quanto o mais fraco dos seus elos. Logo, de nada adianta a implementação de várias ferramentas de segurança para o transporte rodoviário, tais como sistemas de rastreamento via satélite, emprego de escolta armada e adoção de planos multidisciplinares de gerenciamento de riscos, se os recursos humanos, principalmente aqueles diretamente ligados ao transporte de cargas, não estão devidamente treinados e habituados a agir de maneira segura, ou seja, a adotar procedimentos básicos de segurança no desempenho de suas atividades. A afirmação é do especialista em planejamento e administração de segurança empresarial e em gerenciamento de riscos no transporte e movimentação de cargas, Alexandre Melo Pedreira, gerente de Operações da Plantech Smartsystems.

A prática de cuidados básicos de segurança e de ações preventivas desempenha um papel decisivo nos esforços para minimizar a exposição aos riscos. Segundo Alexandre Pedreira, a simples aplicação das medidas listadas abaixo contribui – e muito ? para a diminuição das perdas diretas e indiretas ocasionadas pelo roubo de cargas, gerando assim ganhos em eficiência e em eficácia no transporte rodoviário. (V.C.)

Antes do carregamento

- Verifique se o veículo está em boas condições para o deslocamento.

- Cheque a parte mecânica e a elétrica, lubrificantes, pneus, estepe e freios.

- Abasteça o veículo antes do carregamento, evitando assim a necessidade de paradas logo no início do trajeto.

- Escolha bem o companheiro de viagem, dando preferência a pessoas indicadas.

- Confira a documentação, tanto da carga como do veículo, não esquecendo dos documentos pessoais.

- Planeje detalhadamente a sua rota, seja ela urbana ou rodoviária, procurando se informar sobre as áreas de risco.

Durante o deslocamento

- Nunca dê carona a pessoas estranhas.

- Durante as paradas para refeição ou abastecimento, não comente com ninguém sobre sua carga, seu itinerário e seu destino.

- Caso tenha problemas com o veículo, evite ficar parado em lugar sem movimento; faça o possível para chegar até um posto de abastecimento ou de policiamento rodoviário.

- Procure o estacionamento de um posto de abastecimento, de um pedágio ou de um posto de policiamento rodoviário para realizar o pernoite.

Durante a entrega do carregamento

- Verifique se haverá condições de efetuar a entrega da carga no mesmo dia. Se não houver, procure um estacionamento seguro para realizar o pernoite, deixando a entrega para o dia seguinte.

- Fique atento às imediações do local de entrega da carga e ao desembarque.

- Depois do descarregamento, com o veículo vazio, aproveite para efetuar os mesmos procedimentos de checagem feitos antes do carregamento.

Cuidados com o veículo

- Nunca deixe o veículo aberto ou com a chave no contato.

- Quando estacionar, evite os acostamentos, salvo em situações de emergência. Procure sempre locais bem iluminados.

- Quando realizar paradas para abastecimento e refeições, nunca deixe o seu veículo sem vigilância.

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