Caminhoneiros se queixam de prejuízos após “pente-fino” da Polícia Rodoviária Federal

Publicado em
17 de Agosto de 2015
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Segundo relatos, os agentes aumentaram a rigidez na fiscalização como represália a greves
 
Caminhoneiros relatam abusos em operações da PRFLuiz Fernando Menezes/Fotoarena

Caminhoneiros de diversos Estados estão relatando o que consideram abusos em operações da PRF (Polícia Rodoviária Federal).

De acordo com os depoimentos, os agentes têm ampliado as exigências no momento em que param os veículos para fiscalização nas estradas.

Diante do não cumprimento de exigências até então ignoradas pela polícia, muitos motoristas acabam sendo multados, tendo os documentos apreendidos ou os próprios veículos guinchados.  

Em um vídeo que circula pelo WhatsApp, um caminhoneiro critica a situação no Ceará, descrevendo o problema enfrentado por um colega de profissão: ele estava impedido de rodar por irregularidades que não existiriam. “A intolerância está reinando absoluta”, disse no vídeo.  

Entre as principais cobranças dos agentes estão:

- Pneus não pode ser diferente no rodado, o desenho e marca tem que ser igual;

- Cargas não podem ultrapassar a altura dos arcos dos graneleiros ou caçambas, mesmo estando na altura permitida por lei;

- Caminhões que tem caixa de refeição, não pode mais ter o botijão de gás, a não ser se o motorista tenha o curso do MOPP;

- Para-choque das carretas, tem que ter a etiqueta do inmetro;

- Exigência de para-choque nos cavalos mecânicos, mesmo estando atrelados em carretas;

 

- Faixa refletiva, se estiver danificada ou descolada;

- Exigência de protetor de motoqueiro, sem nenhum amassado  e  alinhado perfeitamente em toda a extensão da carreta;

- Sendo que  todos os outros itens comuns que já nos paravam para fiscalizar, continua  ainda mais rigorosa ainda

O diretor da Datapar, empresa especializada em sistema de transporte, Márcio José Lopes, afirmou que a questão dos pneus, por exemplo, não estão previstas em lei. Segundo ele, a determinação de que “o desenho e marca tem que ser igual” é do Inmetro, que não tem poder de fiscalização.  

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